terça-feira, 26 de abril de 2011

só mais uma reflexãozinha que não diz nada de novo

Então eu me encontrava conversando com o senhor responsável pela faxina dos banheiros do CEU (espaço da prefeitura utilizado de forma indevida pela UNIFESP em Guarulhos), e ele lamentava, com uma ponta grande de rancor, o descaso dos alunos e professores para com o seu trabalho.

Analisando essa elite intelectualizada e aqui também está inclusa a pretensa vanguarda da revolução unifespiana –, me deparei com uma galera que se diverte à beça com preconceito linguístico e acha o fim da picada todas as músicas que se escutam no Pimentas, as roupas que as moças usam no Pimentas, os restaurantes do Pimentas... E essa galera não vê a hora de pegar o diploma e dar no pé, de preferência para fora do país. Porque o estágio nas escolas do Pimentas, Deus me livre, adolescentes sem nenhuma educação, crianças piolhentas, professoras mal preparadas!

Ainda bem que a sabedoria do povo se encontra bem longe desse conhecimento podre da academia, que é para não se envenenar.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

estória para alegrar manhãs frias e chuvosas

Uma vez eu conheci um mundo que fica lá do outro lado, tive que andar duzentos mil quilômetros.
Foi lá que eu encontrei o caracol-bola-de-boliche. Ele era mais ou menos assim: [é preciso modelar na massinha para que vocês entendam bem].
Lá também tinha a cobra-palito, o peixe-corda e o cachorro-mochila. O cachorro-mochila era o carteiro desse lugar. Ah, mas eu só conheci ele nos anos 60, quando eu era um bebê.
Nesse mundo existia o elefante-mega-gigante, ele tinha uma perna cheia de espinhos, mais ou menos assim: [ah, a massinha é muito ilustrativa, queria ter tirado uma foto]. Para matar o elefante-mega-gigante eu demorei mil anos! Precisei de um martelo gigante e de um alicate.
Eu conheci lá nesse mundo o caranguejo-borracha e o papagaio mochila. Esse papagaio não trabalha como carteiro, ele só fica na escola.

Lá tem escola?

Sim, mas só pros animais! Aí, teve um dia que eu vi o papagaio-espinafre e o macaco-espeto... era mais ou menos ass... (chega o seu pai para buscá-lo)

A saga foi vivida pelo Thiago, menino de quatro anos. Pedi permissão para escrever para vocês. Quero saber como termina (e se termina), vou ver se amanhã ele libera a continuação! Aí eu conto por aqui.